O Lago dos Cisnes – e-book

março 22, 2022

Olá pessoal, meu e-book com a história de O Lago dos Cisnes já está disponível em formato PDF.

São 40 páginas que analisam a lenda, sua origem, seu personagens principais; o coreógrafos Petipa e Ivanov, Tchaikovsky. Clique no endereço acima e faça o download deste e-book que tem na capa uma maravilhosa foto de Cecilia Kerche, estrela internacional, primeira-bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Clique aqui e faça o download do seu E-book!

14Ilara Lopes, Flavia Burlini e outras 12 pessoas

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Brevemente o download do e-book O Lago dos Cisnes estará disponível!!

março 23, 2022

março 23, 2022

BALLET STAGIUM: 50 ANOS

dezembro 7, 2021

Emoção, é o primeiro sentimento que toma conta da gente ao ver esta foto. A dimensão do Stagium para a vida cultural brasileira transcende a Dança, ultrapassa todas as questões que possamos ligar a uma companhia de dança. Admiração irrestrita por Marika e Décio, pela integridade do trabalho que vêm realizando ao longo de 50 anos, ultrapassando todos os obstáculos, tão enormes no nosso país; admiração absoluta pelo amor incondicional ao ofício de dançar, de amar o país, de representar seu povo, não no discurso, mas na prática. Estendo minha admiração a todos os artistas que se envolveram com o Ballet Stagium ao longo desse tempo, sem esmorecer, mantendo a companhia funcionando, respirando. Contudo, é preciso que frisemos que à frente de todos e de cada um estão Marika e Décio; e isso, foi, é e será sempre fundamental! Nós, artistas da dança, nós, brasileiros, só podemos dizer: muito obrigada, muito obrigada. Nosso amor a vocês!!!

TATIANA LESKOVA: aos 99 anos, o Brasil confere a esta Grande Mestra o devido reconhecimento concedendo-lhe a Comenda da ORDEM DO MÉRITO DO RIO BRANCO

dezembro 6, 2021

Mestres da Dança

Caros amigas e amigos da dança, é com muita alegria que  compartilhamos esta notícia!! O Ministério das Relações Exteriores, ao avaliar sugestão enviada pelo projeto Mestres da Dança, decidiu por conceder a *Medalha do Mérito de Rio Branco* para a extraordinária mestre Tatiana Leskova. A Ordem de Rio Branco foi instituída pelo Decreto nº 51.697, de 5 de fevereiro de 1963, com o objetivo de distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, além da prática de ações e feitos dignos de honrosa menção, méritos nos quais se enquadra, totalmente, Tatiana Leskova! O reconhecimento de sua obra, além de merecido, é uma honra para a Dança!

Canal de Dança

março 9, 2020

Convido-os a conhecer meu canal de Dança no You Tube. São vídeos raros, em geral, mas importantes pelo conteúdo histórico do que pela imagem e som. Obrigada.

https://www.youtube.com/channel/UCcToG663GFlVm3TaV9LK62Q?disable_polymer=true

Para meu marido Eric

maio 21, 2019

Meu bem, está fazendo um ano que você se foi. É duro, mas estou em paz. Tenho, de você, as lembranças mais lindas, tenho nosso filho e nossos pequerruchos Luiza e Lucas. A cada dia, em vários momentos, me flagro conversando com você. 
Como você me ensinou a viver. Como foi generoso, educado. Como teve caráter, bondade, seriedade quando era preciso. Como foi bom para minha família inteira; como me preparou para enfrentar a vida sem você. 
Eric, você morreu como viveu, amando o belo e, sobretudo, amando o próximo, o requintado e o muito simples; em relação a tudo: gente, música, arte, lugar… Quanto mais envelhecia, mais humano se tornava. Como você respeitou a dignidade de gente pobre, como distribuiu amor e como recebeu amor. 
Meu bem, você foi uma bênção para os que conviveram com você, uma bênção na minha vida, meu amor, meu companheiro, meu professor de tudo, um misto de marido, amante e pai. 
E uma coisa que nunca falei explicitamente: como você teve talento, como a arte gostava de você. Teve talento para tudo: para dançar, embora nunca tivesse conseguido ter técnica, mas a dança sabia, conhecia o seu talento como professor, como remontador, ensaiador, até como o coreógrafo que você não se permitiu ser; com sua auto-crítica aguda dizia: não tenho cultura suficiente para ser um coreógrafo, eu faço coreografia, é diferente, mas não sou um criador; como você tinha talento para desenhar, para criar figurinos; como tinha talento para piano, para música, com seu ouvido tão apurado, que Roberto herdou e nossos netos, também. 
Meu Eric, está é, sim, minha declaração de amor a você, onde quer que você esteja. Te amo!

Eric Valdo

ELEONORA OLIOSI – UMA MESTRA

maio 8, 2019

Eleonora Oliosi – Uma Mestra
Um magnífico e raro final de semana para a dança, especialmente, o ballet clássico. 
Assistir Eleonora Oliosi dando uma aula é entender porque ela dançou como dançou. Ela representa a arte em toda a sua capacidade de dar um peteleco na lógica dos cantados e decantados pré-requisitos para o ballet. O que Eleonora tinha era talento e vocação. Por isso o ballet a escolheu. 
Ouvindo suas correções me vi, comovida, retornando ao Theatro no qual dancei. Quem nunca dançou num teatro de grande porte, lírico, não sabe o que é. Nenhum aparelho substituirá uma orquestra; nenhum gravador substituirá um pianista de aula ou ensaiador. A tecnologia tem sua utilidade, não resta dúvida, mas está muito longe de substituir o ser humano, suas falhas, seus grandes momentos, a junção da música e da dança numa única respiração. Aparelhos não respiram. 
Não, Eleonora não estava ali inventando a roda. A roda já foi inventada. Nada de pé flex, frappé assim ou assado, mimimi de aula de ballet de quem espera um milagre que o faça dançar sem grande esforço. Ela falava de dança, de preparações, de musicalidade, de respiração, de ligação de movimentos, de expressão, braços, cabeças. Ela falou de felicidade por estar dançando, falou do tutu; ela falou de amor. E trouxe consigo o mundo do teatro de grande porte, do público, da platéia às galerias, da projeção do bailarino, da exatidão das terminações, mesmo num simples exercício da barra, da unidade de uma companhia que começa a ser trabalhada desde a aula. Ela trouxe o maestro para a aula, dirigia-se a ele como se ali ele estivesse. A pianista acompanhadora – como tudo no ballet, uma especialização – era o maestro; estejamos atentos a ele, dirijamos-nos a ele depois do “espetáculo”. 
Esperamos que os que tiveram a chance, não de executar suas sequências, isso pouco importa, mas de ouvir o que ela tinha a dizer, lembrem de suas palavras e revejam sua imagem mostrando. O que grandes mestres mostram não tem nada a ver com perfeição técnica, físico apurado, perna na cabeça, giros e mais giros. 
Eles trazem VIVÊNCIA, BAGAGEM, COISAS QUE NÃO SE APRENDE EM LIVROS, MUITOS MENOS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO. 
Eleonora, muito querida amiga, obrigada por poder ver e aprender com você. Receba meu amor, amizade e eterna admiração.

Eleonora Oliosi

Por um momento de amor

março 13, 2019

Amigos de sempre, tenho tentado me afastar de postagens eminentemente políticas. Procuro colocar apenas o que acho que será considerado positivo por todos, contra o STF inteiro e, claro, sobre dança, que é minha paixão, minha profissão e minha vida.
Mas hoje não consegui me furtar de postar uma pergunta: 
Por que todas as religiões devem ser respeitadas, menos o cristianismo? 
Gente, fui educada no catolicismo bem carola por influência de meus avós, mas meus pais eram espíritas – e eu diria que mesmo meus avó tinham uma atração pelo espiritismo. Tínhamos e tenho amigos judeus que amo. Aliás, nunca entrou em questão se eram ou não judeus ou muçulmanos ou fosse o que fosse. Messody Baruel e família passavam o Natal em nossa casa e papai não perdia o dia de partilhar os quitutes do final do yom kippur. 
Com o tempo, frequentei a Igreja Messiânica, fui várias vezes ao Templo Tupyara – um oásis de paz, limpeza, bondade, missão e amor -, assisti uma vez ao Candomblé – muito longo e não gosto das comidas -, ia à casa de uma amiga espírita que só me fez o bem. Finalmente, voltei ao catolicismo. Amo a liturgia, a beleza das Igrejas, dos trajes, da sensação de paz – não gosto de Missas modernas, detesto -, da música e do canto. Já dancei na Igreja da Ressurreição, em Copacabana; foi lindo. 
Mas, sobretudo, acho que a mensagem cristã é belíssima, é universal, e que dera que a humanidade tivesse se guiado por ela. Independentemente de frequentar ou não a Igreja ou de pertencer a outra religião. “Amai ao próximo como a ti mesmo.” Certamente, neste carnaval da total falta de respeito às crenças e sentimentos do próximo, tal não aconteceu. Sou carioca, amo carnaval, mas o que vi me envergonha, me indigna e me afronta. 
Concluo com as palavras de Gandhi (ele se auto-proclamava hindu, muçulmano, cristão, judeu e budista, pois acreditava que todas as religiões levavam a Deus) 
“”Se um único homem alcançar a mais elevada qualidade de amor, isto será suficiente para neutralizar o ódio de milhões.” Mahatma Gandhi.”

Um Ano Novo

janeiro 2, 2019

Amanhã se encerra um longo ciclo em minha vida. Pela primeira vez acordei de meus sonhos esquerdistas para pensar no quanto humanos foram os meus amores, os que me protegeram e me amaram incondicionalmente. 
Sim, eles foram especiais, tão abertos para gostar, para receber, para se solidarizar, para oferecer a casa e a amizade, para não julgar; e para tentar agir com justiça sem propagar ideologias ou dogmas políticos. 
O ano que se inicia é o primeiro em que não tenho mais nenhuma proteção, nenhum mimo, ninguém a dar ou receber satisfação. Daqui, até o último dia, eu é que protegerei meu filho e meus netos. 
Todos viraram a esquina: vovô, papai, vovó, tivó, Dadá, mamãe, meus cachorros e Eric. Mas sinto que Deus e a vida foram me preparando para enfrentar tudo; sozinha. E me sinto em paz. Nem sempre estou feliz, às vezes sinto uma tristeza enorme, mas não sou triste; muito menos infeliz. Seria muito injusto ser infeliz depois de tanto que a vida me deu.
De todos os que me foram faltando nenhuma ausência é tão presente quanto a do Eric. Simplesmente, insubstituível. Adorava sua companhia, sua presença, sua melancolia, sua aguda sensibilidade artística e humana. Eu amava nossas conversas sobre tantas coisas que gostávamos juntos. E foram tantas, mesmo, que posso dizer que não sei onde terminava Eric e começava eu. 
Digo isto com a convicção de que vivi uma bênção, nem sempre oferecida a todos. As pessoas falam tanto em independência, em vida própria, problematizam tudo, conceituam tudo. Será que sabem viver? Será que se dão conta de que é maravilhoso misturar-se com o outro, com seu amor, com o pai de seu filho, e formar com ele, quem sabe, uma terceira pessoa? Será que sabem que dar satisfação é ótimo, que dizer que vai sair ou a que horas vai voltar é confortador, que aguardar a volta de uma viagem é viver intensamente? 
Cá estou eu falando coisas tão pessoais. Será que devia? 
A todos os meus amigos sinceros desejo que amem, criem vínculos sólidos, tornem o tempo menos líquido, mais espesso e mais durável. 
Felicidades a todos!

2018/2019